quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Para a Minha Irmã

Autor: Jodi Picoult
Editor: Civilização Editora 
Páginas: 407

Sinopse: Os Fitzgerald são uma família como tantas outras e têm dois filhos, Jesse e Kate. Quando Kate chega aos dois anos de idade é-lhe diagnosticada uma forma grave de leucemia. Os pais resolvem então ter outro bebé, Anna, geneticamente seleccionada para ser uma dadora perfeitamente compatível para a irmã. Desde o nascimento até à adolescência, Anna tem de sofrer inúmeros tratamentos médicos, invasivos e perigosos, para fornecer sangue, medula óssea e outros tecidos para salvar a vida da irmã mais velha. Toda a família sofre com a doença de Kate. Agora, ela precisa de um rim e Anna resolve instaurar um processo legal para requerer a emancipação médica – ela quer ter direito a tomar decisões sobre o seu próprio corpo. Sara, a mãe, é advogada e resolve representar a filha mais velha neste julgamento.
Em Para a Minha Irmã muitas questões complexas são levantadas: Anna tem obrigação de arriscar a própria vida para salvar a irmã? Os pais têm o direito de tomar decisões quanto ao papel de dadora de Anna? Conseguimos distinguir a ténue fronteira entre o que é legal e o que é ético nesta situação?
A narrativa muda de personagem para personagem de modo que o leitor pode escutar as vozes dos diferentes membros da família, assim como do advogado e da tutora ad litem, destacada pelo tribunal para representar Anna.


Opinião: Para mim um bom livro, para ser realmente bom tem de nos deixar sem palavras no final. Este livro não me deixou sem palavras, deixou-me sem respirar, foi uma mistura de tristeza com agonia e até alguma felicidade. Este não é um bom livro, mas sim um excelente livro!
Este livro (como maior parte de vocês sabe devido ao filme) conta a história de uma rapariga, a Anna, que nasceu com a finalidade de ajudar a irmã, portadora de leucemia, através de transfusões, injecções e operações. A Anna decide pedir emancipação médica pois afirma que não quer dar um rim à irmã. É apartir daqui que toda a história se desenvolve, narrada no futuro e no presente. Cada capítulo é contado por uma personagem, (do meu ponto de vista foi uma ideia brilhante visto que deste modo podemos perceber melhor cada personagem e a própria história) o pai, o irmão, a Anna, o advogado e a tutora ad litem relatam o presente enquanto a mãe relata o passado, ou seja, a infância de Kate e de Anna.
O mais surpreendente neste livro para mim foi o fim, pois como já tinha visto o filme antes de ler o livro pensei que a história fosse igual, mas não é. Recomendo a quem tenha visto o filme e gostado a ler este livro, porque apesar de o filme estar bastante fiel ao livro, o fim é na verdade completamente diferente e muito mais emocionante.
Esta obra emociona-nos do princípio ao fim, dando-nos a conhecer um novo tipo de amor e ensina-mos que quando se fecha uma porta abre-se sempre uma janela.

JK

Classificação 10/10

P.S.: Recomendo vivamente a quem ler este livro para ter uma caixa de lenços ao lado, porque não vão conseguir parar de chorar (quer sejam lamechas como eu ou não).